Lost soul

   A melancolia sempre me atraiu. Em todas as minhas fotos, se notarem bem, sempre tem algo que tende a esse lado. Tudo isso que é tão sutil e ao mesmo tempo tão gritante sempre me encheu os olhos. 

   Somos frágeis. Todo mundo tem mil monstros internos e às vezes tem vontade de não ser quem é, ou até mesmo não estar aqui. São essas fragilidades individuais e tudo que as envolve que torna cada pessoa um universo único. Tudo isso, transcende a carne, o corpo. É alma. Isso tudo dentro de cada um que me dá vontade de fazer arte. Fazer de todos os sentimentos escondidos uma bela mistura de real com imaginário. É isso que me motiva a cada dia.

O universo no inverso da pele

   Não tem uma explicação sensata pra tudo o que a gente sente. É muito mais do que algo racional ou que possa ser resumido em palavras. 

   Sempre fui de conter meus sentimentos. Nada de palavras, de fala, de contato com pessoas. Nada de demonstrar minhas fraquezas ou meus amores. Nada de mostrar minha fragilidade. Nada de deixar alguém conhecer meu verdadeiro eu.

   Meu universo interno era algo tão particular que nem as pessoas mais próximas conheciam de verdade. Nunca convidei ninguém pra entrar, até esse ano. Toda a barreira protetora abriu um espacinho muito singelo pra alguém e foi a partir daí que eu comecei a não carregar mais o mundo inteiro sozinha. Hoje em dia eu transbordo. Transbordo amor, sonhos, tristezas e medos. Depende do momento. Mas eu não transbordo sozinha. Eu divido isso tudo que vai muito além da pele com alguém que eu convidei pra entrar na minha bagunça. E eu não me arrependo nenhum pouco.

Dos lugares que nos pedem pra voltar

    Tem dias que tudo nos faz querer ficar presos no nosso quarto e não ver ninguém, tampouco fazer alguma coisa que não seja dormir o dia inteiro. E foi em durante alguns dias assim que resolvemos voltar pra explorar um dos lugares mais legais da cidade e que sempre me traz um pouquinho mais de tranquilidade.

    Uma trilha de pinheiros, amigos, violão e muito amor envolvido. É uma parte pequena da receita que faz tudo ficar um pouco menos ruim.

Sobre amor e novas experiências

   Uma das minhas coisas favoritas na vida é explorar novos lugares e fazer coisas novas ao lado de gente que eu gosto. Em um domingo passado, resolvemos levar uma amiga muito querida pra conhecer lugares da cidade que ela ainda não conhecia. Foi um dia frio, com sol, vídeos, música no ukulele e fumaça azul (experiência nova em um lugar novo pra todo mundo <3). 

Skinny love

   Alguns amores são frágeis, como folhas secas. Eles vêm, vão e, no meio do caminho, acabam se despedaçando. Como folhas secas que a gente guarda no meio de livros antigos. Por mais que o tempo passe, e por mais que a gente esqueça por um momento, elas vão continuar ali, fazendo parte de uma lembrança.